Tarifaço e peixe vietnamita elevam tensão na tilapicultura brasileira
PeixeBR pede a suspensão imediata da importação do filé de tilápia do Vietnã, também como medida de compensação pelo tarifaço
11 de agosto de 2025
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Agosto iniciou cheio de tensão para a tilapicultura nacional. Enquanto o setor lida com o início do tarifaço de exportação imposto pelo governo dos Estados Unidos, principal destino internacional do pescado brasileiro, começou também, na quarta-feira (6), a comercialização, no mercado interno, do filé proveniente do Vietnã, após a retomada das autorizações em abril.
Agosto iniciou cheio de tensão para a tilapicultura nacional. Enquanto o setor lida com o início do tarifaço de exportação imposto pelo governo dos Estados Unidos, principal destino internacional do pescado brasileiro, começou também, na quarta-feira (6), a comercialização, no mercado interno, do filé proveniente do Vietnã, após a retomada das autorizações em abril.
A informação foi passada em nota pela Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), que voltou a manifestar sua oposição à entrada do produto. “Desde a primeira importação de filé de tilápia do Vietnã, em 2024, a PeixeBR se posicionou, diante do Governo Brasileiro, contrário à importação. Os motivos são os protocolos de produção e principalmente de processamento usados pelas indústrias vietnamitas, proibidos no Brasil, que proporcionam ao Vietnã um ganho de competitividade desleal”, afirma a nota.
A entidade argumenta que a falta de isonomia na relação comercial não se limita aos métodos de processamento, mas também envolve questões ambientais, tributárias e trabalhistas. “Com isso em vista reiteramos, mais uma vez, nossa solicitação junto ao Governo do Brasil pela suspensão imediata da autorização da importação do filé de tilápia do Vietnã. Não apenas por possíveis inconformidades, mas principalmente como medida de compensação de perdas pelas exportações de tilápia não realizadas para os Estados Unidos.”
A importação havia sido suspensa em fevereiro de 2024, após pedido do setor e por decisão cautelar do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em resposta aos alertas sanitários. Em abril deste ano, após mais de um ano de bloqueio, o Mapa liberou novamente as compras externas. Na ocasião, em esclarecimentos enviados à Seafood Brasil, o órgão informou que a medida “não compromete o alto padrão da defesa sanitária nacional” e foi embasada em Análise de Risco de Importação (ARI).
O cenário atual, no entanto, amplia as preocupações da tilapicultura no Brasil. Além da tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil aos EUA e do produto vietnamita no País, uma supersafra registrada no inverno derrubou os preços pagos ao produtor para patamares entre os mais baixos dos últimos anos, segundo o portal Sou Agro.Net. Entre as medidas defendidas para mitigar os impactos estão a retirada do PIS/Cofins sobre a comercialização e a redução ou isenção do ICMS, em articulação com governos estaduais.
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Créditos da imagem: Seafood Brasil
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