A fórmula da Copacol para se manter inovando na produção de tilápia
Aquicultura

A fórmula da Copacol para se manter inovando na produção de tilápia

Empresa se mantém entre os líderes na tilapicultura brasileira com sustentabilidade, integração e tecnologia

14 de fevereiro de 2025

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Com 16 anos de atuação na piscicultura, a Copacol se consolidou como pioneira na integração da produção de tilápia no Paraná. A iniciativa, não apenas veio como resposta a uma crise na produção local, como também diversificou as fontes de renda para os produtores cooperados no Oeste do Estado. “Nós entendemos que era importante montar uma estrutura de integração para atender nossos associados”, afirma Valter Pitol, presidente da Copacol. 

Hoje, a Copacol mantém operações complexas e para sustentar sua escala de produção, a cooperativa investiu em tecnologia e infraestrutura, como a nova Unidade de Produção de Alevinos (UPA) inaugurada em Quarto Centenário (PR), que representa um marco em inovação sustentável e completa a produção de Nova Aurora (PR).


Aposta tecnológica 

A UPA de Quarto Centenário, inaugurada em 2023, destaca-se pelo uso de tecnologias avançadas inspiradas em métodos israelenses que permitem recircular 90% da água consumida. “Quando pensa em evoluir em uma cadeia produtiva, você busca tecnologias mais atualizadas. E foi isso que fizemos”, explica Pitol. Com um investimento de R$ 60 milhões, a unidade tem capacidade para produzir 50 milhões de alevinos anualmente.

A unidade também inova na automação dos controles de temperatura e oxigenação, além de utilizar estufas para ciclos controlados. Segundo Diego André Werlang, supervisor da UPA, o sistema de recirculação e bioflocos exigiu adaptações, mas já apresenta resultados satisfatórios. “Nosso maior desafio foi mudar o sistema produtivo que a gente já sabia fazer. São sistemas de aprendizagem novos e a cada dia é um novo processo”, diz.

Na estrutura, também continua a ser desenvolvido o banco genético para melhoramento da Copacol, que permite a cooperativa avançar na qualidade e na robustez genética das tilápias. Conforme Alex Junio da Silva, zootecnista responsável pela genética na unidade, o foco está na seleção e reprodução controlada das famílias cuidadosamente escolhidas que irão originar matrizes e reprodutores para futuras gerações. "Buscamos peixes mais produtivos, mais adaptados às condições de viveiros escavados e com capacidade para enfrentar os desafios do campo como pressão de oxigênio e peso", complementa.

Para Werlang, todo esse contrtle, asstociado aos feedbacks dos produtores, representa uma importante vantagem competitiva. “Como o melhoramento genético está dentro de casa, a gente consegue fazer uma retroalimentação se isso está funcionando ou não”, analisa.

A trajetória do casal Pedro Henrique Gurski e Ana Claudia Bido Gurski ilustra o impacto positivo do modelo integrado da Copacol. “Sempre fomos cooperados em grãos e aves, mas a piscicultura nos trouxe uma nova oportunidade de crescimento. Fomos atrás e deu tudo certo”, diz Pedro. "A Copacol nos deu segurança para crescer e melhorar nossa estrutura", completa Ana. 

Ivan Lucas Beliski, técnico que atende o produtor a campo, reforça que a segurança passada pela cooperativa e o acompanhamento aos produtores justificam os investimentos e garantem a qualidade do peixe. “Durante o lote, Pedro acompanha semanalmente parâmetros de qualidade da água, como amônia e nitrito, e toma decisões com base nessas informações. Isso assegura que a tilápia tenha uma boa qualidade final”, explica.

 

Esta matéria é a terceira parte da matéria de “Capa” da Seafood Brasil #56. Clique aqui para ler essa e outras matérias na íntegra!
 

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Créditos imagem: Seafood Brasil 

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