Anuário PeixeBR 2023: Produção de tilápia salta 3% em 2022
Espécie registrou 550.060 toneladas produzidas no ano passado
27 de fevereiro de 2023
A tilápia continua a ser o peixe mais cultivado na piscicultura brasileira e, entre as 860.355 toneladas produzidas em 2022 do total de peixes de cultivo, a espécie registrou 550.060 toneladas. O volume de tilápia produzida no ano passado representa 63,93% da produção nacional e aumento de 3% sobre as 534.005 toneladas de 2021. As informações são do Anuário 2023 da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) divulgados nesta segunda-feira (27/02).
O Brasil é hoje o quarto maior produtor mundial de tilápia, posição que pode mudar em breve. “Acreditamos que nos próximos três ou quatro anos devemos estar próximos do terceiro lugar nesse ranking”, afirmou o presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros.
Além da maior procura por parte dos consumidores nacionais, a tilápia responde por 98% das exportações brasileiras de peixes de cultivo, atendendo sobretudo os Estados Unidos.
O estado brasileiro que mais produz tilápia é o Paraná, com mais de 34% do volume total. Em 2022, os paranaenses cultivaram 187.800 toneladas da espécie, 3,2% a mais do que no ano anterior. Com isso, a Região Sul aparece bem na frente nesse ranking, com 239.300 toneladas (43,5%).
A segunda posição no cultivo nacional de tilápia é de São Paulo. Os paulistas produziram 77.300 toneladas em 2022, com aumento de 1,5% sobre o volume de 2021. O Sudeste, que tem ainda o terceiro (Minas Gerais) e o nono (Espírito Santo) estados dessa lista, responde por 27,1% da produção total da espécie, com 149.100 toneladas.
Com três estados entre os dez maiores produtores – Pernambuco, Bahia e Alagoas –, o Nordeste chegou a 100.320 toneladas, a terceira posição por região, e teve crescimento de 5,2% sobre 2021.
O Centro-Oeste, que tem Mato Grosso do Sul como terceiro maior produtor por estado, apresentou queda de 3,2% no geral: passou de 61.650 toneladas em 2021 para 59.650 toneladas em 2022. Esse quadro deve ser revertido em 2023 com a expansão da produção das novas empresas do setor que estão investindo na região.
Créditos: Canva
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