Anuário PeixeBR: Peixes nativos recuam e “Outras espécies” crescem
Aquicultura

Anuário PeixeBR: Peixes nativos recuam e “Outras espécies” crescem

Tilápia continua dominando o setor, mas outras categorias também se destacam no cenário produtivo,

05 de março de 2025

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A piscicultura brasileira consolidou sua expansão em 2024, crescendo 9,2% e alcançando 968,7 mil toneladas, segundo o Anuário 2025 da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR). Embora a tilápia continue dominando o setor, os peixes nativos e as “Outras espécies” também se destacam no cenário produtivo, apesar dos desafios do ano.
 
Peixes nativos: mercado promissor, mas com oferta em queda

 

A produção de peixes nativos fechou 2024 com 258.705 toneladas, registrando uma queda de 1,81% em relação ao ano anterior. O segmento, que representa 26,71% da piscicultura nacional, enfrenta um ciclo de retração em todos os estados, especialmente na região Norte.
 
Para a entidade, não se pode dizer, no entanto, que 2024 tenha sido um ano negativo para os produtores de nativos. A demanda foi boa e os preços também. Porém, preocupa o recuo da oferta na região norte. “Esse cenário tem sido recorrente nos últimos anos. Bom pelo lado das cotações mas ruim pelo lado da produção. Tal situação torna-se mais delicada num cenário de crescimento do consumo de peixes de cultivo em detrimento dos peixes de captura, analisa Francisco Medeiros, presidente da PeixeBR.
 
Medeiros destaca que, no Brasil, onde o consumo per capita é inferior à média mundial, há todas as condições para um aumento da demanda, mas é preciso a união de todos os envolvidos, incluindo os órgãos públicos responsáveis, para reverter esse cenário e permitir que os peixes nativos retomem o ritmo de crescimento da oferta. “O produto é de excelente qualidade e há mercado para conquistar”, afirma.
 
"Outras espécies" avançam com o panga

 

O segmento de “Outras espécies" manteve um crescimento sólido, com alta de 7,5% em 2024 e produção de 47.810 toneladas. O desempenho foi impulsionado pelo panga, que registrou um salto de 74% no Maranhão, consolidando-se como um novo vetor de crescimento. Com esse resultado, panga, carpas e trutas representam, juntos, 4,93% da produção brasileira de peixes de cultivo.
 
“Obviamente que o ideal é que todas as espécies avancem ano após ano. No caso desse segmento em especial, a chegada recente do panga deu novo vigor, tendo em vista que carpas e trutas têm oferta mais ou menos estável”, explica Medeiros.
 
Apesar desse avanço, o Rio Grande do Sul, maior produtor entre as outras espécies, registrou uma queda de 11,76% na oferta.
 

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Créditos da imagem: Seafood Brasil

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