Embrapa e Itaipu assinam acordo para produção de peixes em bioflocos
Projeto de cooperação científica irá validar protocolos de produção de juvenis de tilápia e pacu em sistemas
20 de abril de 2021
Em busca do uso racional da água, a Embrapa Meio Ambiente e Itaipu Binacional assinaram um acordo para desenvolver um projeto de cooperação científica que irá validar protocolos de produção de juvenis de tilápia e pacu em sistemas bioflocos.
A Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped) também integra o acordo e vai participar no gerenciamento dos recursos. O projeto terá duração de quatro anos e um aporte de mais de R$ 2 milhões, com atividades de campo prioritariamente desenvolvidas na área de abrangência do reservatório da Itaipu, no estado do Paraná. O
objetivo fundamental da Itaipu, principal financiadora das pesquisas, é agregar tecnologias sustentáveis à atividade aquícola na região para melhorar os índices de qualidade da água do sistema produtivo de peixes e garantir a produtividade em longo prazo.
Como explica Hamilton Hisano, pesquisador da Embrapa responsável técnico pelo projeto, uma parte das atividades da proposta atual é complementar aos experimentos executados e coordenados pela Embrapa, e será validada em escala comercial.
Segundo ele, outro eixo importante são as atividades de transferência de tecnologia com ações diretas para a cadeia produtiva da piscicultura, principalmente nos estados do Paraná e de São Paulo. “A expectativa do projeto é gerar informações com um nível de maturidade tecnológica maior para a tilápia e um pouco menor para o pacu, uma vez que, para essa espécie nativa, estudos no sistema BFT ainda estão em fase inicial,” disse.
Conforme a Embrapa, a proposta tem forte viés de transferência de tecnologia. Há previsão da realização de workshops, dias de campo, além de capacitações técnicas na modalidade de ensino a distância (EAD), visando disseminar novos conhecimentos para os produtores.
Sobre isso, Paula Packer, pesquisadora e chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, destaca que o futuro está no investimento em estratégias de inovação, novos conhecimentos e agregação de valor às tecnologias desenvolvidas, viabilizando a entrega efetiva para o setor produtivo. Packer explica que “parcerias como a estabelecida entre Embrapa e Itaipu fomentam a inovação, por meio do conhecimento científico gerado, que será entregue e difundido em diferentes eventos, preconizando novos modelos, oriundos dos desafios da era digital”.
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