Estado de SP consome pescado abaixo do recomendado pela OMS
Pesquisa, que foi realizada para incentivar consumo público, ainda constatou que a principal espécie consumida pelos paulistas é a tilápia
11 de fevereiro de 2025
De acordo com o Jornal da USP, uma pesquisa realizada entre 2023 e 2024 pelo Instituto de Oceanografia (IO) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Instituto de Pesca do Estado de São Paulo (IP), por meio do Núcleo de Pesquisas Pescado para Saúde, constatou que consumo de pescado (peixes, crustáceos e moluscos) no Estado de São Paulo está abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – confira aqui os resultados publicados do estudo.
Em resumo, o estudo, que investigou o perfil de consumo e dos consumidores paulistas de pescados, além das principais espécies consumidas e comprovou que em média, os paulistas consomem esses alimentos apenas de uma a três vezes por mês. Em síntese, esse resultado fica abaixo do que a OMS sugere, uma vez que o órgão prevê que o consumo do pescado deve ser de pelo menos duas vezes por semana – o que equivale a 250 g semanais.
Dentro deste resultado, a pesquisa constatou que a tilápia, em forma de filé, é a espécie mais consumida, preferida por sua carne branca, sabor suave e facilidade de preparo. No entanto, o alto custo da proteína, porém, é apontado como um dos principais fatores que limitam seu consumo.
Segundo as entidades envolvidas, a pesquisa gerou dados para embasar políticas públicas. Em síntese, a ideia é que com elas, haja a promoção de acesso, distribuição e inclusão do pescado na alimentação dos consumidores, sempre com o objetivo de aumentar o consumo dessa proteína de alto valor nutricional em comparação a outras fontes de proteína animal.
Parâmetros da pesquisaEm síntese, a pesquisa foi realizada com 1.947 pessoas de todas as regiões administrativas do Estado de São Paulo, que por sua vez, responderam um questionário de forma online composto por 23 questões. As perguntas giravam em torno de:
- Periodicidade de consumo dentro e fora de casa;
- Local de compra;
- Forma de preparo;
- Preservação (se era congelado, resfriado, seco ou salgado); apresentação (inteiro, filé ou posta);
- Forma de preparo (assado, frito ou cozido);
- O que se observava na hora da compra (aparência, odor, textura, preço);
- Espécies de pescado mais consumidas (de pesca ou de cultivo, de água doce ou marinha);
- Os motivos do consumo (qualidade nutricional, sabor, facilidade de preparo);
- Motivos de consumir menos pescado (preço, falta de segurança e/ou falta de acesso aos locais de compra);
- Opinião sobre o preço do pescado (barato, regular ou caro);
- Além de questões socioeconômicas relacionadas à localização de moradia no Estado de São Paulo, renda e escolaridade.
Ainda de acordo com a pesquisa, as espécies apontadas como mais consumidas foram a tilápia, seguido pelo salmão, pescada, atum, sardinha, cação, bacalhau e camarão.
Sobre a frequência de consumo, os participantes, em resumo, os entrevistaram disseram que isso ocorria de uma a três vezes por mês (35%), tanto em casa quanto fora. Já os crustáceos eram consumidos principalmente em ocasiões especiais (46%), enquanto os moluscos eram raramente consumidos (52%).
Por outro lado, a maioria dos consumidores que adquiriam os pescados para preparar em casa preferem comprar filés de peixe congelados em supermercados (73%). Por fim, em termos de preparo, o peixe (29%) e os crustáceos (26%) eram, preferencialmente, consumidos fritos, enquanto os moluscos geralmente cozidos (25%).
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Créditos imagem: Canva
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