Pescado na Quaresma: como o ASMI conquistou seus consumidores
Estratégia de promoção de pescado foi fundamentada em dois pilares principais
29 de abril de 2024
A Quaresma e a Semana Santa são períodos de maior incremento no consumo e na comercialização de pescado no Brasil. Neste ano, o Alaska Seafood Marketing Institute (ASMI) desencadeou uma série de estratégias para promover seus produtos, visando impulsionar as vendas e conscientizar os consumidores sobre a qualidade, a origem e a sustentabilidade dos alimentos provenientes dessa região.
Vanessa Pamio Ribeiro, trade & marketing do ASMI, conta que a estratégia de promoção de pescado foi fundamentada em dois pilares principais: degustações em lojas físicas e divulgação online. "Em parceria com mais de cinco redes de supermercados em três estados diferentes, nossa equipe colaborou com promotoras treinadas para proporcionar a experimentação dos renomados peixes selvagens do Alasca aos consumidores", destaca Ribeiro.
Além disso, estabeleceram parcerias estratégicas com as influenciadoras Sofia Muxagata e Manuela Ornelas, as quais compartilharam conteúdos promocionais no Instagram, resultando em uma exposição significativa, com mais de 300 mil visualizações na plataforma.
No entanto, a promoção dos produtos de frutos do mar do Alasca durante a temporada da Páscoa enfrentou desafios específicos no Brasil e na América Latina. Um dos principais desafios mencionados por Ribeiro foi a percepção da cor do salmão pelo consumidor latino-americano. "Devido à sua origem 100% natural, esses peixes podem apresentar diversas colorações, desde um rosa mais pálido até um vermelho intenso, dependendo da espécie", explicou. Nesse sentido, a educação e conscientização do consumidor foram cruciais para promover a aceitação de diferentes tonalidades de salmão.
Em termos de conscientização do consumidor, o ASMI enfatizou três princípios fundamentais: selvagem, natural e sustentável. "A Constituição do Alasca proíbe estritamente a criação de pescado em cativeiro, garantindo que todos os peixes provenientes deste estado sejam de origem selvagem", ressalta. Além disso, destacou o compromisso do Alasca com práticas responsáveis de pesca, assegurando a preservação dos recursos pesqueiros a longo prazo, e aspectos familiares e econômicos da indústria pesqueira daquele local.
Durante a Páscoa deste ano, o ASMI promoveu também uma linha específica de produtos, incluindo a "genuína polaca do Alasca", e sua versatilidade em diferentes formatos como filés em blocos, tirinhas empanadas, moldados empanados e etc. Os salmões selvagens sockeye e keta, e o bacalhau do Alasca também estiveram em destaque. "Essa variedade de opções permite aos consumidores explorar diversas formas de preparo", diz.
Atualmente no Brasil, o ASMI tem disponíveis as espécies sockeye e keta que, conforme Ribeiro, possuem carne firme, saborosa e rica em nutrientes como o ômega-3. Já o bacalhau, um clássico da época, a espécie proveniente do Alasca é a Gadus morhua. "Com sua coloração mais clara e carne macia, esse bacalhau é uma escolha tradicional e de alta qualidade para as celebrações desta época do ano", pontua.
Mercado em potencial
O programa do ASMI no Brasil teve início em 2011 e, posteriormente, expandiu-se para toda a América Latina. Quanto à sua recepção, Ribeiro enfatizou que a região representa um grande mercado em potencial, com um aumento constante no consumo per capita de pescado. "Cada país na América Latina possui suas próprias particularidades, e, portanto, as estratégias de marketing e promoção são adaptadas para atender às necessidades e preferências específicas de cada mercado", completa Ribeiro.
Assim, o foco geral permanece em aumentar a conscientização sobre os produtos do Alasca e educar os consumidores sobre os benefícios do pescado selvagem, por meio de uma variedade de atividades como participação em feiras, degustações, seminários para profissionais da cadeia de trade e chefs, bem como eventos no setor de food service.
Créditos da imagem: ASMI
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