Pescado registra nova deflação em agosto
Em julho, o segmento já havia desacelerado em 0,72% e, em junho, registrado deflação de 0,63% ante maio de 2022
09 de setembro de 2022
Agosto foi mais um mês de queda dos valores do pescado, agora em 0,11% na comparação com o mês anterior. Em julho, o segmento já havia desacelerado em 0,72% e, em junho, registrado deflação de 0,63% ante maio de 2022.
Assim, com os números do oitavo mês do ano, a variação acumulada do setor ficou em 1,50%. Enquanto o indicador está em 2,73% na soma dos últimos 12 meses, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em agosto, o IPCA também registrou nova deflação de -0,36% no índice geral do País. Foi o segundo mês consecutivo de queda, sendo que em julho, a variação havia sido de -0,68%.
No ano, o IPCA acumula alta de 4,39% e, nos últimos 12 meses, de 8,73%, abaixo dos 10,07% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2021, a variação havia sido de 0,87%.
Pescado
A deflação de agosto no pescado foi vista principalmente no peixe pintado (-1,99%), dourada (-1,93%), corvina (-1,44%) e cavala (-0,86%).
Em contrapartida, alta dos valores foi vista especialemente no peixe aruanã (1,37%), salmão (0,98%) e na merluza (0,81%).
Índice geral
Assim como já havia acontecido em julho, o resultado de agosto foi influenciado principalmente pela queda no grupo dos Transportes (-3,37%), que contribuíram com -0,72 ponto percentual (p.p.) no índice do mês. Além disso, o grupo Comunicação (-1,10%) também recuou, com impacto de -0,06 p.p. No lado das altas, o destaque foi Saúde e cuidados pessoais (1,31%), que contribuiu com 0,17 p.p. em agosto. Já Alimentação e bebidas (0,24%) desacelerou em relação a julho (1,30%), com impacto de 0,05 p.p. Os demais grupos ficaram entre o 0,10% de Habitação e o 1,69% de Vestuário, maior variação positiva no IPCA de agosto.
Conforme o IBGE, no grupo Alimentação e bebidas (0,24%), o resultado da alimentação no domicílio (0,01%) ficou próximo da estabilidade. Houve altas em componentes importantes na cesta das famílias, como o frango em pedaços (2,87%), o queijo (2,58%) e as frutas (1,35%). Por outro lado, ocorreram quedas expressivas nos preços do tomate (-11,25%), da batata-inglesa (-10,07%) e do óleo de soja (-5,56%). Além disso, o preço do leite longa vida, que havia subido 25,46% em julho, caiu 1,78% em agosto, contribuindo com -0,02 p.p. no índice do mês.
A variação da alimentação fora domicílio (0,89%) ficou próxima à do mês anterior (0,82%). Enquanto a refeição passou de 0,53% para 0,84%, o lanche desacelerou de 1,32% para 0,86%.
Créditos: Canva
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