PPM 2023: produção de tilápia obteve crescimento de 7,6%
Dos 442,17 milhões de quilos produzidos em 2023, Paraná é responsável por 37,6% da produção nacional
19 de setembro de 2024
A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) constatou que a tilápia ainda é o peixe mais produzido do Brasil não só em 2023, mas desde quando o início do levantamento da piscicultura foi feito pela pesquisa em 2013.
De acordo com a PPM 2023, a produção da tilápia correspondeu a 67,5% do total de peixes (um aumento de 7,6% em relação ao ano passado), resultando assim em 442,17 milhões de quilos. A pesquisa ainda ressalta que quase metade (47,0%) tem origem da Região Sul, devido principalmente ao Paraná, responsável por 37,6% da produção nacional, ou 166,07 milhões de quilos – leia mais aqui.
Falando em Paraná, o Estado tem destaque na produção de peixes justamente por conta da tilápia (que compõe 96,8% da sua produção) e apresentou aumento de 3,6% nessa edição do PPM. Já o segundo maior produtor é São Paulo, que com um crescimento de 2,4%, originou 12,8% do total nacional, com a tilápia correspondendo a 93,6% da produção de peixes do Estado. Para fechar o ranking, a terceira maior produção foi mineira, com 10,3% da produção nacional. O aumento na produção de peixes em Minas Gerais se refere principalmente ao incremento na produção de tilápia no Estado: 9,82 mil toneladas, resultando em 45,5 milhões de quilos dessa espécie.
O destaque de outras espécies na piscicultura nacionalDepois da tilápia, as espécies mais produzidas no Brasil foram o tambaqui e a categoria tambacu e tambatinga, que podem ser agrupados como “Peixes Redondos”. Juntas, as espécies somaram 156,55 milhões de quilos (ou 23,9% da produção geral), sendo 17,3% tambaqui e 6,6% tambacu e tambatinga.
Para chegar a esse valor, houve um crescimento de 1,3%, do qual 60,3% da produção de peixes redondos (94,4 milhões de quilos) tem origem da Região Norte, que por sua vez, é o berço da criação do Tambaqui - em seguida, temos o Nordeste (20,5%) e o Centro-Oeste (18,6%).
Como a PPM 2023 destaca, a distribuição estadual das produções é diversa. Sendo assim, acompanhando o quadro regional, temos: Rondônia, como o principal produtor, com 30,3% do total nacional, devido à relevância do tambaqui (99,6% da produção estadual); Mato Grosso tem 16,7% da produção, por causa de tambacu e tambatinga (compõem 83,1% dos peixes produzidos na Unidade da Federação); e o Maranhão, que tem a terceira maior produção de peixes redondos, com 12,4% do total nacional. No entanto, em oposição aos casos anteriores, a distribuição maranhense é mais simétrica: do total de 19,49 milhões de quilos, 45,4% foi tambaqui e 54,6% tambacu e tambatinga.
O panorama geral da categoria “Outros Peixes”
Por fim, a PPM 2023 traz o agrupamento “Outros Peixes” que, segundo a pesquisa, contempla as outras 14 categorias consideradas, como carpa, pintado e semelhantes, como surubim e cachara, pacu e patinga, matrinxã e outros, cujos dados podem ser obtidos por categoria na página do IBGE. No caso, a produção desse grupo foi de 56,6 milhões de quilos, sendo 34,0% proveniente da Região Sul. Entretanto, em nível estadual, o Mato Grosso é o maior produtor, origem de 16,9% do total, ou 9,54 milhões de quilos.
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Créditos imagem: Canva
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