Resíduos de pescado: sustentabilidade econômica e ambiental
Indústria

Resíduos de pescado: sustentabilidade econômica e ambiental

Reutilização e reciclagem são as formas mais eficientes que a indústria de pescado vem atuando para realizar a gestão de seus resíduos

Luciana Lacerdae Elane Cristine Correia Santos - 19 de dezembro de 2024

Nos últimos anos, o aumento do consumo de pescado no mundo e no Brasil mostrou-se significativo. Esse crescimento deve-se, em parte, ao incremento da produção de pescado, bem como a uma maior conscientização sobre os benefícios para a saúde associados ao consumo de peixes e frutos do mar. No entanto, essa expansão produtiva e a comercialização estão diretamente ligadas ao volume de resíduos gerados.

Segundo a FAO (2019), a indústria pesqueira mundial produz cerca de 38 milhões de toneladas de resíduos por ano, sendo a maior parte composta por vísceras, cabeças, escamas, peles e outras partes não comestíveis dos peixes, além de resíduos de crustáceos, moluscos, répteis, anfíbios e equinodermos, em menor proporção. E aqui, em resumo, uma alternativa que vem se mostrando viável é a gestão adequada desses resíduos, com foco na reciclagem e reutilização.

A produção de farinha e óleo de peixe ganha destaque por sua inclusão em dietas para nutrição animal. Contudo, com o desenvolvimento de pacotes tecnológicos, esses resíduos têm sido utilizados na indústria de cosméticos, produtos farmacêuticos, adubos orgânicos, fertilizantes e até na alimentação humana. Sendo assim, a transformação dos resíduos representa uma fonte de renda adicional para as empresas do setor industrial, além de agregar sustentabilidade ao processo.

Alguns estudos têm demonstrado bons resultados com a inclusão de farinha de resíduos de camarão (de alto teor proteico e gorduroso, rica em minerais como cálcio, fósforo e potássio) na fabricação de macarrão. Em síntese, essa prática enriquece o produto com proteínas, fibras e minerais, além de reduzir o teor de carboidratos. As análises sensoriais comprovaram a aceitabilidade do macarrão enriquecido, com destaque para sua textura e sabor.

Outra oportunidade que tem ganhado evidência em feiras do setor pesqueiro é a utilização de couro de peixe na produção de bolsas, calçados e artigos de decoração. Esses produtos, em resumo, são comercializados em lojas renomadas que valorizam questões sustentáveis e sociais, destacando-se pela exclusividade, requinte e sofisticação. Não podemos deixar de mencionar as biojoias feitas com escamas por comunidades ribeirinhas, que impulsionam a economia regional.

O aproveitamento integral do pescado tem o potencial de gerar renda e agregar valor aos participantes da cadeia produtiva. Isso sempre foi um grande desafio, porém, é com entusiasmo que vemos o setor navegar por águas que antes não eram exploradas!


Gostaria saber mais sobre o tema?! Entre em contato em um dos nossos canais e tire suas dúvidas!

Telefone/ Whatsapp

+55 11 95206-3277

Site
Clique aqui

Instagram
Clique aqui

Linkedin
Clique aqui

E- mail
qualidade@equali-z.com
luciana.lacerda@equali-z.com 
elane.correia@equali-z.com 

Fontes de referências:

https://ciagro.institutoidv.org/ciagro2023/uploads/276.pdf

 

Créditos imagem: Canva

farinha, Indústria, meio ambiente, óleo, pesca, resíduos, reutilização, Sustentabilidade

Sobre Luciana Lacerda
 
  • Zootecnista, fundadora da Equali-z, empresa especializada em Qualidade de processos e produtos. luciana.lacerda@equali-z.com
 
Sobre Elane Cristine Correia Santos
 
  • Consultora Técnica Comercial (Equali-z | EC Consultoria). Zootecnista graduada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). 12 anos de experiência na cadeia de pescado (frescos, congelados, salgados seco e sushi) / GPA - produção, indústria, inspeção, distribuição, varejo, estratégias de venda, marketing, sustentabilidade e desenvolvimento de produtos/equipamentos. elane.correia@equali-z.com
 
publicidade 980x90 bares
 

Notícias do Pescado

 

 

 
SeafoodBrasil 2019(c) todos os direitos reservados. Desenvolvido por BR3