Tendência do consumo de pescado sustentável pelo brasileiro

Nos últimos anos, vem crescendo no Brasil a procura, por uma parcela ainda pequena da população, por pescado sustentável. Um nicho específico tem acesso às informações a respeito de empresas que aplicam protocolos referentes à responsabilidade ambiental e social.

 

O pilar da sustentabilidade tomou grande relevância no mundo nos setores produtivos e na indústria pesqueira. A importância de levar produtos com selos sustentáveis para o varejo de pescado já é uma realidade no mercado europeu e americano, através de certificações como a Aquaculture Stewardship Council (ASC) e a Marine Stewardship Council (MSC), um dos selos mais conhecidos na atualidade no setor.

 

De forma sucinta, a ASC é o selo verde que a certificadora garante a rastreabilidade da cadeia de custódia para produtos oriundos de aquicultura, e a MSC é o selo azul para o pescado marinho de pesca extrativa.

 

No País, ainda não temos nenhuma certificação MSC e poucas produções e indústrias trabalham com o selo ASC. Um dos grandes desafios para a pesca extrativa é mapear os recursos pesqueiros por espécies, catalogar a real situação de cada uma e implantar um sistema de rastreabilidade. 

 

Já para as aquiculturas adquirirem o selo ASC, algumas questões de fluxo, produção e rastreabilidade devem ser seguidas e auditadas, com avaliação de todos os documentos e informações rastreáveis da origem de alevinos e matérias-primas que irão compor a dieta, dentre outros requisitos.

 

Na maioria dos casos, o processo de certificação é exigido pelos grupos varejistas quando se trata de marca própria. Infelizmente, a adesão às certificações nem sempre é voluntária. Porém, algumas alternativas vêm sendo tomadas para levar ao consumidor pescado de origem conhecida e que atenda às premissas de uma política sustentável. Algumas legislações trazem a obrigatoriedade de respeito às épocas de defeso de espécies em sobrepesca ou risco de extinção, tamanho mínimo de captura, RGP (Registro Geral de Pesca), licença de aquicultor e ambientais para a produção, que devem ser exigidas para a comercialização de peixes e frutos do mar no varejo.

 

Além disso, o desenvolvimento de programas de qualidade adotados por varejistas de grande porte como Grupo Pão de Açúcar e Carrefour possui exigências internas que aumentam a confiabilidade da produção e uso de recursos pesqueiros responsáveis.

 

Além dessas questões técnicas para a implementação de pescado sustentável, ainda temos o fator dos preços dos produtos e se o cliente final realmente está disposto a desembolsar um valor maior para comprar pela diferenciação com as certificações.

 

Tema de extrema importância para a continuidade do abastecimento da cadeia produtiva e mercado varejista de pescado, entendemos que o trabalho multidisciplinar entre todos os elos envolvidos para contar a história no ponto de venda e trazer a relevância do tema para o público é um dos caminhos para chegar ao equilíbrio entre realizar as práticas sustentáveis e a comercialização com preços justos para a população.

 

Já pensou nos ganhos para o seu negócio e planeta quando essa causa fizer parte do setor? Vamos juntos construir essa história de diferenciação para o nosso País?

 

Na Equali-Z, temos como missão levar, através de nossas consultorias, relações comerciais colaborativas, rentáveis e inspiradoras, prezando por valores embasados nos pilares ambientais e sociais.

 

Nossos profissionais estão preparados para levar o suporte técnico necessário para que sua empresa seja referência em produtos sustentáveis. Entre em contato, será um prazer atendê-los.

 

Equali-Z

- PORTARIA MMA Nº 445, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014;

- INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 53 DE 22 DE NOVEMBRO DE 2005;

-https://www.wwf.org.br/?70483/WWF-Brasil-lanca-Guia-de-Consumo-Responsavel-de-Pescado. Acesso em 28/05/2024

- http://seafood.greenpeaceusa.org/grocery-store-scorecard/. Acesso em 28/05/2024

 

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