Tilapicultura cresce com sanidade e adoção de novas tecnologias
Aquicultura

Tilapicultura cresce com sanidade e adoção de novas tecnologias

Gerente da MSD Saúde Animal estima que são mais de 100 milhões de tilápias imunizadas anualmente

17 de abril de 2020

O ano de 2019 foi mais uma vez da tilápia, a espécie despontou como uma das preferidas para consumo e a mais produzida no Brasil, representando aproximadamente 57 % da produção nacional, conforme o Anuário da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR). Já o sucesso do peixe está relacionado, sobretudo, com a sanidade e a adoção de novas tecnologias na produção, é o que destaca Rodrigo Zanolo, gerente de mercado de Aquicultura da MSD Saúde Animal.
 
 
Com projeção do crescimento da atividade, políticas públicas e legislações sobre manejo e barreiras sanitárias precisarão ser cada vez mais estruturadas. Os pacotes tecnológicos associados às ferramentas veterinárias, por exemplo, também serão determinantes nesse quesito. Atualmente, as companhias, a exemplo da MSD Saúde Animal, estão trazendo ao setor ferramentas preventivas, como as vacinas, que terão papel determinante no crescimento sustentável.
 
Um balanço da vacinação em tilápias no Brasil revela que aproximadamente 400 milhões de tilápias foram vacinadas nos últimos cinco anos, ou seja, mais de 100 milhões imunizadas anualmente. Atualmente, aproximadamente 50 a 60 % da produção de tilápias no País é vacinada.  "Vacinas monovalentes e bivalentes para a prevenção das estreptococoses causadas pelos sorotipos Ib, Ia e III. Um aumento produtivo de 8 a 15 % tem sido observado com a utilização dessas vacinas, exemplificando assim a importância dos manejos preventivos sanitários", informou.
 
No resto do mundo o destaque de vacinação e adoção de tecnologia se aplica muito aos países exportadores do peixe para o mercado da América Central, como Honduras com 36 milhões, México com 48 milhões e Costa Rica com 24 milhões. Já no continente Africano, esta tecnologia está começando a ser aplicada em países como Ghana, Zimbábue e Egito, mas ainda em estágios iniciais. 
 
Já para os próximos três anos, existe a expectativa do lançamento de mais duas vacinas com diferentes combinações, uma delas bivalente e a outra tetravalente. 
 
 
 
 
Zanolo indica que para o País continuar competitivo e em expansão, será necessário estar atento aos cuidados com os aspectos de saúde das produções assim como os cuidados com o bem-estar animal.  “Para termos uma ideia de como os aspectos sanitários são importantes, podemos citar, como exemplo, os prejuízos que a suinocultura da China vem sofrendo com o vírus da peste suína”, falou.
 
No setor da aquicultura, destacam-se os prejuízos sofridos mundialmente pela indústria do camarão com o vírus da mancha branca e pela indústria do salmão com o vírus da ISA (anemia infecciosa do salmão). “Todos esses exemplos são referências importantes para a jovem indústria da tilapicultura. O status sanitário da produção de tilápias no País é considerado bom, porém precisamos manter a atenção”, sublinhou.
 
Já a atividade nacional se depara com cerca de quatro enfermidades bacterianas e uma enfermidade parasitária que causam impactos nas produções e, pelo menos, outras quatro enfermidades bacterianas oportunistas. 
 
Conforme ele, na falta de dados oficiais sobre a perda econômica, o ponto de vista produtivo estima impactos entre 5% a 20%, dependendo da fase de produção, da enfermidade em questão e das épocas do ano de maior ou menor desafio. “Publicações recentes internacionais reportam perdas na ordem de 1 bilhão de dólares com os impactos diretos das estreptococoses em produções de tilápia em todo o mundo, por exemplo”, informou.
 
Para o gerente, a alta projeção do crescimento da atividade no País, obrigada mais estruturação das políticas públicas e legislações sobre manejo e barreiras sanitárias. Como por exemplo, pacotes tecnológicos associados às ferramentas veterinárias. “Atualmente, as companhias, a exemplo da MSD Saúde Animal, estão trazendo ao setor ferramentas preventivas, como as vacinas, que terão papel determinante no crescimento sustentável dessa cadeia por meio do gerenciamento sanitário eficaz frente a essas patologias”, falou Zanolo.
 
Outro fator destacado é o gerenciamento integrado da sanidade aquícola, que envolve as boas práticas de produção e manejo, respeitando as densidades, cuidando da qualidade da água, realizando higienização, buscando genéticas de alta performance e livres de enfermidade, entre outras ações determinantes para o sucesso da cadeia. 
 
 
 
 
 
 

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