Quais protocolos seguir para desenvolver novos produtos de pescado
Diversidade de consumo traz possibilidades de apresentar aos consumidores opções tão saborosas quanto as que já são conhecidas
Elane Cristine Correia Santose Luciana Lacerda - 02 de maio de 2024
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, quando surge a ideia de um novo produto, ao invés de somente iniciar a elaboração de um esboço do que se almeja ser desenvolvido, é essencial que uma análise de tendências de mercado, público-alvo, custos da produção, diferenciação e valor esperado de venda atrelado ao retorno financeiro seja realizada de forma detalhada.
As oportunidades de inovação devem ser estudadas e conduzidas para que entreguem uma solução diferenciada para os consumidores e lucrativa para a indústria, varejo e restaurantes.
O método do desenvolvimento de novos produtos pode ser uma das principais formas de se investir em inovação e ganhar competitividade em um mercado tão específico como o de pescado. Visto que, no Brasil, atualmente temos um cenário de consumo verticalizado em algumas espécies como: tilápia, salmão, tambaqui, pintado da amazônia, sardinha, pescadas, corvina entre outros poucos peixes marinhos e o camarão de cultivo.
Fica uma estratégia complexa e duvidosa em qual produto apostar, se continuar no “mais do mesmo” com formatos e padrões diferentes ou desafiar novos oceanos de possibilidades, ensinar o consumidor a experimentar novos sabores com dicas de preparo em parceria com chefs de cozinha e arriscar na conquista de uma nova fatia de mercado. E independente de qual seja a escolha, alguns passos devem ser seguidos para termos maior assertividade e desenvolvimento de sucesso.
Para a indústria, é muito importante designar um setor responsável nessa missão desafiadora, elaborar procedimentos constituído de diversas etapas que identificam as oportunidades de mercado, construção, escolha e validação prévia de ideias, a realização de pesquisas, design e desenvolvimento do produto, elaboração de rótulos de acordo com as normas, montar protótipos na indústria, efetuar testes internos e o lançamento no mercado em conjunto com um plano de marketing 360 ° bem robusto. Na maioria das vezes, quando não há um departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) implementado dentro da indústria, a Garantia da Qualidade e o Departamento Comercial compartilham as responsabilidades.
Outro método utilizado é o desenvolvimento interativo, que consiste em lançar produtos e recursos em fases, permitindo que os usuários testem e forneçam feedback.
Algumas empresas de consultoria especializadas na área também podem entregar os serviços de desenvolvimento de produtos baseado no padrão que foi solicitado, levando em consideração todas as premissas exigidas na legislação, direcionamentos referentes a solicitação de croquis e rótulos no serviço de inspeção correspondente e detalhes muitas vezes que não são avaliados por algumas indústrias, como por exemplo, o sortimento favorável para cada região do País, gramaturas ideais e a quantidade de embalagens primárias solicitadas para a produção do novo produto, que geram um dos maiores custos dentro da produção e descartes desnecessários após o insucesso nas vendas dos lançamentos.
Das tendências que temos visto, acreditamos que seguir com propostas de desenvolvimento de linhas de novos produtos, onde seja possível atender a demanda de consumo atual concomitante a introdução de espécies não convencionais seja o caminho mais viável e sustentável para o setor.
A diversidade de consumo traz possibilidades de apresentar aos consumidores opções tão saborosas quanto as que já são conhecidas com preços mais acessíveis, novas tecnologias de embalagens que trazem maior visibilidade e atratividade ao pescado, possibilitam a comunicação de práticas da empresa, “claims” nutricionais além de estimular a pesca e produção de peixes desconhecidos favorecendo a geração de renda de pequenos pescadores e produtores. E trazendo ao varejo e restaurantes a oportunidade de ofertar o ano todo, de forma regular, vários tipos de produtos sem depender somente da venda de quatro ou cinco espécies de maior valor comercial atual.
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, Equali-Z, indústria alimentar, novos produtos, peixes não convencionais, pesca, pescado
Sobre Elane Cristine Correia Santos
- Consultora Técnica Comercial (Equali-z | EC Consultoria). Zootecnista graduada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). 12 anos de experiência na cadeia de pescado (frescos, congelados, salgados seco e sushi) / GPA - produção, indústria, inspeção, distribuição, varejo, estratégias de venda, marketing, sustentabilidade e desenvolvimento de produtos/equipamentos. elane.correia@equali-z.com
Sobre Luciana Lacerda
- Zootecnista, fundadora da Equali-z, empresa especializada em Qualidade de processos e produtos. luciana.lacerda@equali-z.com